O mês de fevereiro foi marcado pela elevação da curva de juros americana, notadamente da parte longa, que encerrou o mês subindo 40bps. Tal movimento levou a uma reprecificação das curvas de juros dos demais países, incluindo o Brasil, e limitou a recuperação da bolsa americana, após a correção de fim de janeiro. Entendemos que esse movimento no juro longo dos EUA é reflexo da robustez da economia americana e confiança dos investidores na retomada, em meio a um programa de vacinação eficiente e da aprovação de um pacote fiscal grandioso. Apesar da volatilidade que tal movimento pode causar, em particular nos mercados acionários globais, mantemos o otimismo com as bolsas americanas diante da expectativa de um crescimento robusto neste e no próximo ano, da boa performance das grandes empresas e da perspectiva de que o Fed manterá as condições monetárias muito acomodatícias por bastante tempo. Sendo assim, mantivemos o risco do fundo concentrado em ações e índices de bolsas dos E.U.A., além de manter uma posição tomada nos juros longos americanos.
No Brasil, o otimismo gerado pela eleição dos presidentes da Câmara e do Senado alinhados com o governo federal foi rapidamente suplantado pelo recrudescimento da pandemia e pela intensificação dos debates no Congresso em torno da renovação do auxílio emergencial, sem a necessária compensação fiscal pretendida pelo Ministério da Economia. Somando-se a isso, a substituição do presidente da Petrobrás de forma tempestiva levou a uma deterioração generalizada da percepção de risco Brasil com todos os ativos sofrendo perdas consideráveis ao longo do mês. Assim, seguimos com uma baixa alocação na bolsa brasileira, apesar do nosso otimismo com o mercado global e o rally em commodities. No mercado de juros, reduzimos a posição aplicada na parte curta da curva em função da contínua piora da inflação corrente e do discurso mais austero dos diretores do Banco Central. Seguimos com a posição comprada em inflação longa diante da situação fiscal ainda frágil e da nossa expectativa de subida dos juros longos americanos.