Março/2021 – Parcitas Hedge FIC FIM

Mundo:

No mês de março a atenção voltou-se novamente aos programas de imunização e ao pacote de infra-estrutura e impostos a ser proposto pelo governo Biden. Com os E.U.A. liderando o processo de vacinação em massa e diante de mais estímulos fiscais, mantivemos o risco do fundo concentrado em ações e índices de ações americanos (aproximadamente 30%) e seguimos carregando uma posição tomada nas taxas longas de juros. Mesmo diante da forte recuperação econômica, o Fed demonstra-se confortável com o atual nível de estímulo monetário, o que corrobora o nosso cenário otimista para a economia americana. Acreditamos que a abertura das taxas de juros seja reflexo do otimismo com a reabertura da economia e do sucesso do programa de vacinação americano, não sendo um obstáculo à performance das bolsas nos próximos trimestres.

Brasil

No Brasil, a falta de coordenação do governo federal no combate à pandemia e as incertezas fiscais têm deixado o cenário mais desafiador. A recente elegibilidade do ex-presidente Lula torna esse cenário ainda mais incerto, ao antecipar as discussões eleitorais de 2022. Ainda que programa de vacinação esteja atualmente ganhando tração, o atraso inicial na compra das vacinas deixou o seu custo. As projeções de crescimento começam a ser revistas para baixo e as perspectivas de reabertura da economia seguem sendo postergadas. Como se não fosse suficiente, a falta de articulação política e de um comprometimento mais claro do Presidente da República com a necessidade de consolidação fiscal contribuem para adicionar incerteza e prêmio de risco aos ativos brasileiros. O mais recente episódio que reflete esses problemas foi a aprovação de um Orçamento Federal inexequível, colocando mais uma vez em risco a permanência do atual Ministro da Economia. Ainda que acreditemos que governo e Congresso chegarão a um acordo quanto ao orçamento e que as medidas de restrição, somadas à aceleração das vacinas, surtirão efeito no controle da pandemia nos próximos meses, julgamos o cenário de Brasil ainda muito incerto e temos alocado pouco risco aos ativos brasileiros.

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