Janeiro/2023 – Parcitas Hedge FIC FIM

Mundo

 

O ano se iniciou com os mercados internacionais animados com a proximidade do fim do ciclo de juros nos E.U.A, a reabertura de China e um inverno europeu bem mais ameno do que o temido, reduzindo os receios quanto a uma intensificação da crise energética no velho continente.  Assim, a bolsa americana, em particular o setor de tecnologia, que tanto sofreu no ano passado, teve uma boa performance em janeiro. Moedas e bolsas de mercados emergentes também performaram bem. E o cenário de soft landing (pouso suave da economia americana), mais uma vez, volta a ganhar probabilidade dentre os agentes de mercado. Enxergamos com bastante cautela este cenário. A velocidade e a magnitude do aperto monetário implementado pelo Fed, se comparadas a padrões históricos, sugerem que a probabilidade de um cenário de soft landing é mais baixa do que os mercados precificam. Deste modo, mantemos uma exposição líquida vendida na bolsa americana:  seguimos comprados em algumas empresas do setor de tecnologia e vendidos no índice SPX. Seguimos, também, com uma posição tomada em juros curtos na curva americana, por ela precificar uma taxa terminal abaixo da taxa projetada tanto pelo Fed, como pelos nossos economistas.

 

 

Brasil

 

Já no Brasil, o cenário segue mais desafiador. Por um lado, há um vento de cauda vindo do exterior: reabertura de China, com os consequentes efeitos positivos nos preços das commodities, e a expectativa do fim do aperto monetário do E.U.A, levando a um enfraquecimento do dólar e um maior apetite a risco global. Fatores estes bastante favoráveis aos ativos brasileiros. Já do lado doméstico, as incertezas quanto ao arcabouço fiscal, e mais recentemente, as discussões em torno da independência do banco central e de mudanças no regime de metas de inflação não tem contribuído para melhorar a percepção do investidor em relação ao Brasil. Neste cenário, a alocação de risco em ativos brasileiros torna-se ainda mais desafiadora, e temos optado por concentrar o risco nos mercados internacionais. Temos uma pequena posição vendida em índice Ibovespa e comprada no real, uma posição pequena aplicada em juros nominais na parte intermediária da curva e uma posição pequena aplicada em juros reais. Apesar de toda incerteza fiscal, a economia brasileira está passando por um processo bastante claro de desaceleração e desinflação, de tal modo que um ciclo de corte de juros não possa ser descartado. Basta o governo apresentar um arcabouço fiscal minimamente crível para que as expectativas de inflação parem de piorar.

 

 

 

 

 

 

 

Parcitas Investimentos

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