O Parcitas Hedge FIC FIM encerrou o mês de março com o resultado de 0.66% (72% do CDI), acumulando 7.31% no ano (174% do CDI).
As principais contribuições estão em torno dos eventos que marcaram o mês.
Mundo
No mês de abril a discussão continua sendo em torno de uma eventual recessão que tarda em chegar, com as economias globais, principalmente EUA e Europa, seguindo resilientes. Acreditamos que uma recessão é provável, pelo aperto das condições financeiras já implementado, porém a continuidade de uma economia forte nos faz questionar este cenário.
O debate hoje é: deverá o FED e os mercados focarem no aperto monetário já incorrido, nos eventos de quebra dos bancos e em uma eventual recessão que pode vir? Ou o foco deve ser na economia ainda bastante robusta, com consumo forte e mercado de trabalho apertado, e que vai requerer mais aperto monetário?
Preparamos o portfólio do Parcitas Hedge para um cenário de recessão e ajuste maior na economia e no mercado acionário. Estamos com posição aplicada na parte longa da curva de juros americana, Treasury 10 anos, e com uma posição tomada na parte curta da curva, pois vemos a economia americana ainda resiliente, com a possibilidade de o FED ter que entregar mais hikes do que está precificado na curva.
Em renda variável, o fundo segue com exposição líquida vendida na bolsa americana devido à preocupação atual com o cenário macro e à aparente fragilidade do setor bancário americano. Porém continuamos alocados em uma carteira de ações, focada no setor de tecnologia, que apresentaram, em sua maioria, bons resultados. Para aumentar a proteção do fundo em caso de uma correção maior do mercado, mantemos posições em opções de venda de SPX. Seguimos com um cenário cauteloso para ativos de risco.
Brasil
Seguimos com o fundo pouco alocado em Brasil, com uma posição tomada na inclinação da curva de juros brasileira e com uma pequena posição aplicada no DI. Acreditamos que o início do ciclo de corte de juros se inicie apenas no segundo semestre do ano, uma vez que as expectativas de inflação seguem muito desancoradas. Pretendemos aguardar preços melhores para aumentarmos ambas as posições.
Temos também uma pequena posição vendida em IBOV, dadas a piora estrutural do país com o novo governo e a possibilidade de uma recessão global contaminar os preços dos ativos locais.