Abril/2021 – Parcitas Hedge FIC FIM

Mundo: 

Em abril, no front externo, seguimos otimistas com a retomada da economia global, em particular da americana, e mantivemos a alocação de risco do fundo concentrada na bolsa dos E.U.A. Mesmo diante da robustez da retomada econômica americana, o Fed demonstra-se confortável com o grau de estímulo presente na economia, o que contribuiu para a performance das ações. Além disso, o setor corporativo americano, em particular as big techies, segue surpreendendo positivamente os mercados com resultados muito robustos. A aceleração da vacinação na Europa adiciona uma dose extra de otimismo nesta recuperação global, que parece ganhar tração, e cujo maior risco segue sendo o aparecimento de uma nova variante do vírus. Um outro risco que nos preocupa seria uma alta mais pronunciada da inflação diante dos fortes estímulos fiscais e monetários. Em função disso, voltamos a montar uma posição tomada nos juros americanos.  

 

Brasil

No mês de abril, assistimos a uma descompressão do prêmio de risco dos ativos brasileiros, em particular, do câmbio. Isso deveu-se a um arrefecimento da pandemia combinado à solução, ainda que não ideal, do imbróglio em torno do orçamento do governo federal para 2021. Tal movimento acentuou-se no final do mês com os presidentes da Câmara e do Senado retomando as discussões em prol das reformas administrativa e tributária. Ainda que a retomada da agenda reformista tenha sido uma surpresa positiva, atribuímos baixa probabilidade de reformas profundas serem aprovadas, quer pela complexidade dos temas envolvidos, quer porque o governo ainda encontra-se atarefado com o combate à pandemia, a CPI do covid e com olhos cada vez mais focados nas eleições de 2022. Vale notar também o enfraquecimento do ministro Paulo Guedes depois da confusão em torno do orçamento. Sendo assim, continuamos cautelosos com a alocação em ativos brasileiros, utilizando o câmbio como um hedge para as posições compradas na bolsa americana. Para além disso, temos uma pequena posição comprada em Ibovespa e uma posição de flattening na curva de juros, uma vez que parece cada vez menos provável que o Banco Central conseguirá realizar um ajuste apenas parcial das condições monetárias.

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